Empresa que sumiu com investimentos de vítimas tem R$ 1,4 milhão bloqueado, e carro de luxo é apreendido
21/05/2025
(Foto: Reprodução) Mandados foram cumpridos na Grande Florianópolis e em São Paulo. Polícia Civil estima mais de R$ 1,6 milhão em prejuízos às vítimas. Carro de luxo é apreendido em operação em SC e SP
Polícia Civil/Divulgação
Um carro de luxo foi apreendido e R$ 1,4 milhão, bloqueado durante operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (21). Os mandados foram cumpridos na Grande Florianópolis e em São Paulo.
É investigado o crime de estelionato, de acordo com o delegado Leonardo Silva, responsável pela apuração. Uma empresa com sede em Florianópolis e duas pessoas são investigadas.
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A operação 171 Kilates cumpriu nove mandados de busca e apreensão:
sete em Florianópolis
um em São José, cidade vizinha à capital catarinense
um na capital paulista
Foram apreendidos:
uma BMW 320I M Sport Flex
computadores
celulares
documentos
O bloqueio de R$ 1,4 milhão da empresa, que se dizia de investimento, e dos investigados foi feito para ajudar na recuperação do prejuízo das vítimas, segundo a Polícia Civil.
Durante as apurações, descobriu-se que a empresa prometia 20% de lucro em cima do capital investido, afirmando que os investimentos se baseavam no ouro e operações no mercado de câmbio.
Duas vítimas, do Sul de Santa Catarina, foram identificadas pela Polícia Civil, e fizeram os investimentos em 2023, segundo o delegado.
Ele relatou que, após a aplicação das vítimas, os criminosos faziam a transferência do dinheiro para eles mesmos. "Eles tinham uma plataforma onde eles simulavam os valores investidos pelas vítimas e o suposto lucro que a vítima estaria obtendo, o que na verdade não era, não tinha nenhum lastro com nenhum investimento".
Para fazer isso, os criminosos usavam um programa feito por eles.
"Era um aplicativo criado por eles, que não tinha nenhum lastro com nenhum banco e nenhuma outra empresa idônea. Posteriormente, quando eles já não tinham mais como transferir os valores, eles tiraram a plataforma do ar", explicou o delegado.
O prejuízo estimado ultrapassa R$ 1,6 milhão, referente às vítimas já identificadas. A Polícia Civil não divulgou quantas pessoas teriam sido prejudicadas ou o número de pessoas investigadas.
O delegado afirmou que pode haver mais vítimas. E orientou que, caso a pessoa tenha sido enganada pela empresa, pode registrar um boletim de ocorrência online ou procurar uma delegacia de polícia.
A operação é da Delegacia de Defraudações, com apoio da Polícia Civil de São Paulo.
Polícia Civil durante operação 171 Kilates em Florianópolis
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